SABER TUDO DE NADA ou NADA DE TUDO?

SABER TUDO DE NADA ou NADA DE TUDO?

 

SABER TUDO DE NADA ou NADA DE TUDO?

 

O conhecimento é bastante cobrado hodiernamente, por mais que nem sempre seja efetivamente valorizado. Mas detê-lo não é o suficiente; necessário é conseguir utilizá-lo bem.

 

Nessa toada: SABER TUDO DE NADA ou NADA DE TUDO é um dos dilemas da modernidade a que todo ser pensante é exposto e que, inelutavelmente, provoca corolários independentemente da decisão tomada.

 

Tentar ser o melhor em certa área acarreta, via de regra, em virtude das crescentes exigências feitas, uma carestia de atenção às demais. Fazendo essa escolha, o homem torna-se um especialista, um profundo conhecedor de um tema; mas, por outra banda, transforma-se em, mais ou menos, completo leigo numa infinidade de assuntos outros.

 

Quanto a procurar saber de tudo, com a quantidade de informação que se produz atualmente, é impossível. Disso resulta que não se será um profundo conhecedor de nenhuma área e que se terá uma noção superficial de tudo que se examinar: ser-se-á, enfim, um generalista.

 

As consequências da solução do dilema. Aqueles (SÁBIOS DE TUDO DE NADA), tendo dificuldades “em navegar por mares desconhecidos”, se cobrados em área diferente da relacionada a sua formação, mostrarão o quão limitados tornaram-se. Estes (SÁBIOS DE NADA DE TUDO), não sendo capazes de transcender à superficialidade, quando um pouco mais pressionados, apresentarão sua ignorância.

 

Diante desse cenário em que “se correr o bicho pega, se ficar o bicho come”, o melhor a fazer, mesmo sabendo que as implicações advirão cedo ou tarde, é herculeamente tentar bem usar e explicitar seu potencial diferenciador, procurando humildemente arrefecer suas deficiências. Para tanto, o especialista deve restringir-se a atuar em sua área de formação; e o generalista, em meios em que o mais salutar seja a extensão, não a profundidade.

 

Enfim, para alcançar valorização, e não humilhação, o ser humano precisa, exercitando ao máximo os poderes advindos da liberdade, respeitar as suas idiossincráticas limitações e potencialidades e vivenciar efetivamente a sua resolução entre SABER TUDO DE NADA ou NADA DE TUDO.