EM BUSCA DO VOTO PERFEITO! VOTAR NO MENOS RUIM OU VOTAR EM BRANCO OU NULO? PARTE 1 – COMO DEVERIA SER!
Em eleições no Brasil, a estrutura política do país alça ao posto de candidatos as pessoas que os partidos políticos unilateralmente escolhem.
Nem sempre, infelizmente, os indicados, desse modo, são o quadro partidário mais inteligente e brilhante e honesto, com melhor currículo e com as melhores intenções.
De uma forma ou de outra, à população é imposto o dever de eleger um desses postulantes apontados pelos diferentes partidos.
Sucede que, frequentemente, apesar de a propaganda política aspirar a exaltar as qualidades e a omitir as nódoas dos candidatos, o eleitorado simplesmente não é cativado por nenhum deles.
Nessas situações, aos eleitores restam TRÊS ALTERNATIVAS: 1) não comparecer às urnas (abster-se); 2) votar em branco; ou 3) votar nulo.
No Brasil, se realmente das urnas a vontade da maior parte do eleitorado fosse escoltada e respeitada, dever-se-ia considerar o percentual correspondente às levas de votos brancos, nulos e ainda de abstenções.
No primeiro turno das eleições brasileiras de 2014, apenas no que diz respeito à disputa presidencial, 27.698.475 eleitores abstiveram-se, ou seja, 19,39% do eleitorado simplesmente não compareceu ao pleito. Os votos em branco e nulo, por sua vez, somaram 11.099.081, o correspondente a 9,64% dos votos dos que compareceram.
O total de brasileiros que, pelas mais diversas razões, não legitimaram os candidatos propostos pelos partidos foi de 38.797.556, ou 27,16% dos eleitores aptos a votar!
Desgraçadamente, na maior “Democracia da América Latina”, a opinião de MILHÕES de brasileiros é e foi descartada. Isso porque a estrutura política do país, abruptamente, não considera as abstenções no computo dos votos obtidos pelos candidatos e, inclusive, rotula de inválidos os votos brancos e nulos.
Sem duvidas, desse modo, a opinião de MILHÕES de brasileiros é e foi, despudoradamente, IGNORADA! Não deveria ser assim, todavia.
Se o Brasil fosse efetivamente uma Nação democraticamente séria, no mínimo, deveria considerar os votos brancos de nulos como válidos.
E, caso o percentual desses votos fosse superior aos obtidos pelos candidatos, dever-se-ia considerar que a maioria dos eleitores repudiou os escolhidos pelos partidos políticos. E novas eleições deveriam ser convocadas, e os partidos deveriam ter que apontar diferentes candidatos.
Dessa forma, mais cedo ou mais tarde:
PRIMEIRO. Os partidos políticos brasileiros procurariam realizar verdadeiras eleições prévias, quando da escolha de seus candidatos, de modo que estes fossem os mais legitimados pelo menos por uma parcela mais expressiva da sociedade;
SEGUNDO. Os candidatos que vencessem as eleições gozariam de efetiva credibilidade para concretizar as suas propostas e programas que, verdadeira, e não ficticiamente, cativaram os brasileiros.