LER E ESTUDAR

 

LER E ESTUDAR

 

LER E ESTUDAR

 

Há diferença entre os atos de ler e de estudar. Entretanto, um leva ao outro e, geralmente, ambos caminham juntos. Ocorre que, infelizmente, cada vez menos são os que leem ou estudam.

 

O hábito da leitura emerge, via de regra, do exemplo. As crianças que veem seus parentes próximos lendo, provavelmente, sentir-se-ão estimuladas a copiá-los, até porque os filhos, mormente na tenra idade, querem ser, principalmente, como seus pais.

 

É indubitável que o ato de ler é mais prazeroso que o de estudar; pois enquanto naquele é o leitor quem determina quando e o que será lido (manifesta-se de dentro para fora), neste é um fator alienígena que norteia os estudos (surge do exterior para o interior).

 

Todavia é importante destacar: um bom leitor, dificilmente, quando exigido, não será capaz de estudar e, consequentemente, de render bem, já que é comum aos dois empreendimentos as capacidades de concentração e de interpretação.

 

Macambuziamente, como, hodiernamente, os jovens não têm tanto contato com seus ancestrais – que precisam trabalhar, ganhar dinheiro e consumir – e são estimulados a assistir à televisão e a ficar no computador e na internet; o saudável hábito da leitura está sendo preterido.

 

E, dessa forma, a sociedade contemporânea tem produzido, em série, indivíduos sem autonomia, dependentes, incapazes de apreender o conhecimento e, o pior, aleijados para pensar e para criar.

 

Em um país, esses traços são mais que suficientes para impossibilitá-lo de desenvolver-se e de desgarrar-se das mazelas do subdesenvolvimento.