MODERNIDADE – ENTRE A INÉRCIA E A ADAPTAÇÃO
O termo “modernidade” não possui um conceito estanque, mas, ao contrário, é um estado extremamente e a cada dia mais mutável. O homem, contudo, não está propedeuticamente pronto para vivê-la; apesar de que, como possui uma capacidade imensa de adaptação, ultrapassado certo tempo, acostuma-se a ela.
Hodiernamente, o mundo tem sido destruído e reconstruído, no campo das ideias, de uma forma exageradamente constante e rápida. Aquilo que “é” hoje, amanhã ou depois, talvez, apenas “tenha sido”. Nessa linha, as evoluções tecnológicas encabeçam esse desestabilizador fenômeno.
Os computadores e os celulares são exemplos categóricos desse processo. No que lhes diz respeito, quase que diariamente, verificam-se mudanças sensíveis, que – é importante asseverar – são recebidas com desconfiança. Porém, é incrível: passado estrito lapso temporal, tudo muda e há uma aceitação eufórica e praticamente geral da inovação.
Por que isso se dá?
Os seres humanos vivemos sob a regência equilibrada dos princípios da inércia e da adaptação. A tendência primeira do homem é, diante do diferente e/ou do novo, dando vazão à máxima inércia: RESISTIR!
Ocorre que, se houver uma conspiração, mormente dos formadores de opinião e das mídias favoravelmente à mutação, a resistência será, pouco a pouco, arrefecida e, concomitantemente, por outro lado, a força da adaptação brotará, crescerá e, ao final, provocará a adesão à inovação.
Diante do sucintamente explicitado, fica manifesto que o caráter vacilante é inerente à modernidade e que o ser humano, sendo capaz de adaptar-se a tudo, também se acomoda a ela, seja para o bem, seja para o mal.