EDUCAÇÃO EM PROL DA INTEGRIDADE DAS MULHERES

EDUCAÇÃO EM PROL DA INTEGRIDADE DAS MULHERES

 

EDUCAÇÃO EM PROL DA INTEGRIDADE DAS MULHERES

 

Apesar de a condição das mulheres ter melhorado demais no mundo, principalmente nos países ocidentais; elas ainda são vítimas do sistema patriarcalista e do machismo masculino e feminino.

 

O sistema patriarcalista surge dentro das famílias, propaga-se pelas instituições e retorna aos lares através de manifestações machistas.

 

O patriarcalismo é como se fosse a filosofia que justifica que os homens imperem sobre as mulheres; o machismo, por sua vez, é como se fosse as várias formas de os homens dominarem as mulheres. As manifestações patriarcalistas são, amiúde, silenciosas e dissimuladas; as machistas são espetaculares, plásticas e policialescas.

 

A violência que algumas mulheres sofrem, caladas, dentro de seus lares é uma concreta ação machista. O pai de família que faz isso está, dentro do sistema posto, perpetuando o que aprendeu; a mãe de família, idem.

 

A Revolução das Mulheres – talvez a mais importante alteração da ordem das coisas do século XX – fez com que fossem questionados o patriarcalismo, o machismo e a violência contra as mulheres. A sociedade ocidental passou, assim, a encarar negativamente a dominação do homem sobre a mulher, ao menos quando sai do plano filosófico e concretiza-se em violência, mormente física.

 

Sucede que, frequentemente, as mulheres ainda hoje vítimas de violência doméstica: 1 – criam filhos machistas; 2 – criam filhas passivas ao machismo; 3 – quando denunciam seus agressores, não querem que esses sejam presos ou retirados de casa, mas que eles deixem de ser violentos.

 

O Estado é, todavia, incapaz de, do dia para noite, exorcizar o machismo e, muito menos, o patriarcalismo, e de assegurar que um homem em específico não voltará a agredir sua mulher.

 

Contudo, o Estado pode e deve, como contraponto à filosofia e às práticas domésticas ainda predominantes, através do sistema formal de Educação, acrescentar aos currículos, a educação de gênero e, assim, tentar incutir na inteligência dos meninos e meninas e dos adolescentes – ou seja, no futuro do país – uma mentalidade refratária ao patriarcalismo e ao machismo.

 

Desse modo, mais e mais homens e mulheres passarão a não aceitar que suas mães, irmãs e filhas sejam vítimas do machismo cruel e insano e do patriarcalismo cínico e corrosivo.