DETURPAÇÃO BRASILEIRA DA TRIPARTIÇÃO DE PODERES

DETURPAÇÃO BRASILEIRA DA TRIPARTIÇÃO DE PODERES

 

DETURPAÇÃO BRASILEIRA DA TRIPARTIÇÃO DE PODERES

 

Os Estados Contemporâneos, há muito tempo, são constituídos por Três Poderes que, desempenhando adequadamente as suas respectivas funções, acabam-se controlando harmonicamente.

 

Essa estrutura de controle do exercício dos detentores do Poder, quando bem arquitetada e, principalmente, quando corretamente concretizada, ao povo garante a liberdade e assegura direitos. Ao contrário, quando esse arcabouço é desvirtuado, o povo é escravizado e torna-se vítima da tirania, mais ou menos, dissimulada pelas maquiagens da, no caso, ultrajada Democracia.

 

Simplificadamente, um Estado encontra-se bem quando:

 

1 – O Executivo cumpre as leis e executa programas e políticas nos termos delas;

 

2 – O Legislativo elabora as normas e fiscaliza a atuação dos que têm que as cumprir;

 

3 – O Judiciário, celeremente, diante de conflitos sociais, aplica o Direito, difunde a justiça e reduz a animosidade na sociedade.

 

O Estado vai mal se:

 

1 – O Executivo faz leis e cumpre apenas as normas que lhe são convenientes, e ainda executa apenas os programas e as políticas que, particularmente, sejam do interesse dos seus ocupantes ou dos financiadores e amigos deles;

 

2 – O Legislativo cria leis que não atendem os interesses da população que representa, mas os de seus financiadores e amigos, e ainda não fiscaliza as ações do Executivo, para não constranger este último Poder que, em troca da omissão daquele, distribui cargos e libera verbas;

 

3 – O Judiciário é severo com os fracos e pequenos, mas dócil com os fortes e grandes, e é incapaz de, o mais celeremente possível, pacificar os concretos conflitos sociais que lhe são apresentados, distribuir a justa razão a quem demonstre tê-la e reduzir a litigiosidade.

 

O BRASIL VAI, POIS, MAL! O Poder Executivo, como regra, constrói uma base de apoio majoritário no Poder Legislativo. Desse modo, bons frutos deveriam ser colhidos pela população; mas, na prática, não é assim. A união incestuosa desses poderes não tem sido para SERVIR AO POVO, mas para manter privilégios e a feudalização da Administração Pública.

 

E, enquanto esse casamento amargo mantém-se, o Poder Judiciário, de camarote, prossegue com suas regalias e fazendo, amiúde, dos órgãos judiciais balcões de negócios espúrios.

 

Dessa “harmonia” construída entre as funções estatais na República Federativa do Brasil, os beneficiários são os detentores do poder, em completa e absoluta inversão da razão de ser da conquista histórica da humanidade que foi a TRIPARTIÇÃO DE PODERES: CONTER A FORÇA, A PERVERSIDADE, A TIRANIA!