PAIS E FILHOS – AS CÉLULAS DE UMA NAÇÃO
A incumbência de educar as crianças é precipuamente dos pais. Os avós, os tios, os amigos e as Escolas devem ser apenas coadjuvantes nesse processo.
Na civilização das pílulas, da camisinha e, para alguns, até do aborto, ter filho depende precipuamente do querer. É, assim, substancialmente um ato voluntário.
Procriar é bom: por diversas razões, dentre as quais se destacam o aumento da família, a possibilidade de passar pela experiência de ser pai ou mãe e, no futuro, avô ou avó. Mas há ônus. E quem os deve suportar são essencialmente os pais.
Crianças não nascem precisando de TV a cabo, internet, celular, mp4, iphone, etc. Necessitam é de educação, de rumo. Para tanto, é fundamental ter tempo para elas. Não é só tempo em qualidade, mas tempo em quantidade mesmo!
Educar é muito difícil porque as variáveis são muitas e, principalmente, porque, num mundo como o hodierno, o conflito de valores é constante. Para cada boa lição arduamente repassada pelos ancestrais, há 1001 maneiras de negá-la e há 1 milhão de pessoas de prontidão para fazê-lo.
Se, no nosso Brasil, há tanta desonestidade, a responsabilidade maior é da geração anterior à atual. Os nossos ascendentes, de um modo geral, erraram, seja ensinando valores nefastos, seja não repassando e pelejando para repassar valores positivos aos seus filhos.
A ética depende demais da prática, de modo que as lições que os pais dão aos filhos precisam ser vivenciadas por aqueles. Não pode haver nada de faça o que digo, mas não faça o que faço.
Em sede de educação, o exemplo bom é fundamental e inspirador. Os pais são os primeiros ídolos dos filhos. Quando aqueles assumem a responsabilidade pelos que cativaram, isto é, pelos seus descendentes, a tendência é que a sociedade seja presenteada com indivíduos melhores.
E tudo de que a nossa sociedade contemporânea necessita é de membros mais aperfeiçoados, até para que fique claro a todos que, mesmo em um ambiente deletério, em condições desfavoráveis, é possível sobreviver lastreando-se na honestidade, no respeito, na confiança e no BEM.