RIEM DOS POUCOS HONESTOS QUE RESTAM?!

RIEM DOS POUCOS HONESTOS QUE RESTAM?!

 

RIEM DOS POUCOS HONESTOS QUE RESTAM?!

 

O Brasil possui uma quantidade imensa de normas, ou seja, esse Estado estipula uma infinidade de direitos e deveres. Infelizmente, é muito elevado o grau de descumprimento do que seria a vontade do povo brasileiro; e, pela violação das regras postas, normalmente, não há punição alguma.

 

Uma norma se foi feita é porque tem alguma importância. Para garantir o seu cumprimento é necessário que as pessoas saibam de seus deveres e direitos, mas também é fundamental que ocorra a fiscalização do adimplemento dela.

 

Diante de um regramento, o humano ser pode, consciente ou inconscientemente, cumpri-lo ou descumpri-lo.

 

Cabe ao Estado esclarecer as pessoas, de modo que elas não possam alegar que desconhecem o direito posto, de forma que o brasileiro, sempre conscientemente, cumpra ou descumpra seus deveres e, por conta disso, arque com todas as consequências de suas ações e vá, a pouco e pouco, educando-se e tornando-se uma criatura melhor.

 

Agora, em qualquer cenário, seja de conhecimento ou de ignorância, é essencial que o Estado brasileiro fiscalize o adimplemento das normas, até por uma questão de isonomia para com os que, ainda que sob duras penas, cumprem-nas.

 

Exemplos. Não é nada equânime um brasileiro adimplir suas obrigações tributárias, enquanto outros não as cumprem, e o Estado nada fazer para punir os violadores. Tampouco é justo que um cidadão, para estacionar seu automóvel em local permitido, desembolse certa quantia, enquanto um seu igual estacione em local proibido sem que nenhum mal sobrevenha a este. Muito menos isonômico é o Estado para cobrar seus constitucionais tributos ser um leão, mas para prestar eficientes e bons serviços públicos ser, só e quando muito, aos empurrões!

 

A impunidade gera nos que procuram ser corretos uma sensação de desestímulo e de desânimo.

 

Quando tudo sinaliza que vale a pena ser desonesto é porque algo está muito errado. E é exatamente isso que está acontecendo no Brasil.

 

A situação é ainda pior tendo em vista que são as autoridades constituídas quem, amiúde, descumprem seus encargos, gerando e estimulando a erosão ética.

 

Infelizmente, o Brasil é verdadeiramente um país DESENVOLVIDO em desonestidade e SUBDESENVOLVIDO em autoridades que, vocacionadamente, cumprem suas obrigações, sem importar-se se estão agradando ou não a sicrano ou a beltrano.

 

Neste Estado, em que o sistema funciona para alguns, mas não para todos, vive-se em uma terrível crise ética. Os governos, por um lado, representando o povo, não adimplem suas obrigações, mas não olvidam de fazer valer seus direitos. Por outro lado, quem procura ser correto vive estarrecido diante do arbítrio do Estado e da impunidade de muitos que vivem dando jeitinhos, rindo dos poucos honestos que restam e fazendo do ser desonesto um padrão modelar de vida.